terça-feira, 25 de agosto de 2009

Cães apanhados na rua realmente viram sabão?

por Marina Motomura

Isso é lenda urbana. Cães de rua nunca foram usados para fabricar sabão. Tudo indica que essa história nasceu numa confusão curiosa. "O que ocorria é que os primeiros caminhões do centro de controle de zoonoses que recolhiam os cachorros nas ruas - as populares ‘carrocinhas’ - eram muito parecidos com os que recolhiam carcaças de carne nos açougues. Desde então, o povo começou a associar uma coisa à outra", afirma o biólogo Hildebrando Montenegro, assistente de direção do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo. Os veículos que retiravam carcaças de bois e porcos dos açougues, esses sim, usavam a gordura animal para fazer sabão caseiro. Os totós davam uma ensaboada e escapavam desse final inglório. "Os cães de rua em geral são muito magrinhos, nem têm gordura suficiente para fazer sabão!", afirma Hildebrando Montenegro. Aliás, usar gordura de bicho pra fazer sabão é coisa do tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça. Hoje, os sabões industrias substituíram a gordura animal pela vegetal. Apesar de não alimentar a indústria de sabão, a carrocinha continua recolhendo os cachorrosque ficam soltos pelas ruas. Eles vão para o centro de controle de zoonoses de cada prefeitura, à espera dos donos desalmados. Se ninguém aparece para resgatá-los ou adotá-los num prazo médio de uma semana, os totós são sacrificados com uma injeção letal. Só para dar uma idéia, as seis carrocinhas da prefeitura de São Paulo recolhem por ano 18 mil pulguentos. Para evitar que o seu au-au entre nessa grande fria, siga os passos do quadro Faça Você Mesmo e crie uma identificação animal para o seu querido cãozinho de estimação.

Fonte: Mundo Estranho

sábado, 22 de agosto de 2009

Cães e gatos causam muitas quedas acidentais, informa estudoPesquisadores dos EUA calcularam ocorrências entre 2001 e 2006. Animais respondem por 1 em

Pesquisadores dos EUA calcularam ocorrências entre 2001 e 2006. Animais respondem por 1 em 100 quedas acidentais que levam ao hospital.

Hoje, cerca de 235 pessoas acabarão o dia numa emergência hospitalar com uma lesão causada por queda envolvendo um cão ou gato. Isso corresponde a mais de 86 mil pessoas por ano. Apesar de representar somente 1% dos 8 milhões de pessoas machucadas em quedas anualmente, esse número é cinco vezes maior que as idas à emergência causadas por tiros acidentais, e quase três vezes maior que os acidentes causados por sufocamento acidental. Cerca de 43 milhões de lares nos Estados Unidos têm cachorros, e 37,5 milhões têm gatos.


Pequenos, mas perigosos (Foto: Divulgação)

Pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA analisaram dados de 2001 a 2006, e descobriram que cerca de 88% dessas quedas estavam associadas a cachorros. As mulheres tiveram duas vezes mais chances de se machucar, em relação aos homens. Apesar das fraturas serem mais comuns entre os idosos, a maioria das lesões foi causada em jovens com menos de 14 anos ou em adultos entre 35 e 54 anos.

"As pessoas devem saber que animais de estimação são companheiros maravilhosos", disse Judy A. Stevens, epidemiologista do Centro e co-autora do relatório, "mas eles também podem representar perigo de queda. Mantenha os acessórios dos animais fora do caminho e considere adestrar os cachorros, a fim de evitar comportamentos que podem provocar quedas."

O estudo, publicado na edição de 27 de março do "Morbidity and Mortality Weekly Report", afirma que a análise provavelmente subestima o número real de lesões, pois não inclui aquelas tratadas em consultório ou outro tipo de atendimento fora do hospital. Os dados para o cálculo dessas estimativas foram coletados a partir de uma mostra nacionalmente representativa, de 66

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Por que os cães uivam?

A cena é clássica: um cão ou um lobo uivando melancolicamente, com a lua cheia ao fundo. Mas não é só nas noites mais claras de luar que esses animais uivam. E você já parou para pensar por que eles fazem isso?

Cães normalmente substituem o latido pelo uivo em situações específicas para chamar a atenção

De acordo com Rubia Burnier, veterinária especialista em comportamento animal, uivar é um recurso usado pelo cão para se comunicar à distância, uma ferramenta útil especialmente quando não há contato visual. Quando o animal uiva, sua voz atinge um timbre mas alto e ele pode ser ouvido de longe.

"O uivo de um cão pode ser percebido a quilômetros de distância e serve para chamar atenção, localizar e reunir os membros do grupo. Esse comportamento foi herdado do lobo e é uma característica marcante em algumas raças, como husky siberiano, samoieda e malamute do Alaska. Esses cães uivam em vez de latir", diz a veterinária.

Outro motivo que estimula o cão a uivar, ressalta a especialista, é a presença de uma cadela no cio, cujo cheiro se espalha pelo vento, atraindo machos mesmo distantes e criando assim uma "sinfonia de uivos". Uivar geralmente não significa dor ou sofrimento, mas muitas vezes serve para aliviar o tédio e a solidão. Pode ser também uma maneira de o cão extravasar sua frustração.

Segundo Rubia, cães que ficam sozinhos por períodos longos uivam numa tentativa de trazer de volta seus companheiros de matilha, no caso, a família. "O uivo também expressa excitação e contentamento, como aqueles cães que uivam quando ouvem música", exemplifica a veterinária.

Fonte: Terra

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Por que as aves não têm dentes?

por Yuri Vasconcelos

Porque eles não são mais necessários. Os antepassados desses animais, como o Archaeopteryx, uma mistura de ave com lagarto que viveu há cerca de 150 milhões de anos, tinham dentes bem desenvolvidos. Mas, com o tempo, a dentadura perdeu sua função e deixou de existir, dando lugar ao bico, que é um prolongamento das maxilas, os ossos responsáveis pela movimentação da boca. Como qualquer processo evolutivo, essa transformação radical não aconteceu de uma hora para outra e só foi concluída há algumas dezenas de milhões de anos, quando surgiram as aves atuais. Em vez de triturar a comida na boca, elas engolem a refeição inteira. E como elas se viram sem os dentes? A ausência de mastigação é compensada por um sistema digestivo poderoso, que conta com dois estômagos: um químico - o proventrículo, que começa a dissolver o alimento - e outro mecânico - a moela, que destroça o que sobrou do rango (veja ilustração abaixo). Só depois de passar por esse triturador natural é que a comida segue para o intestino e é absorvida.

Fonte: Mundo Estranho

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O que acontece se cortarmos os bigodes do gato?

Uma curiosa lenda urbana diz que se os fios do bigode de um gato forem cortados, o animal ficará perdido e não encontrará o caminho de volta para casa. Quem trabalha com animais é direto ao afirmar: a história não passa de um mito.

O biólogo Guilherme Domenichelli, do Zoológico de São Paulo, desmente a teoria e confirma que, no caso de perda dos pêlos faciais, os felinos são afetados apenas na hora de caçar ou fugir de um predador. Segundo ele, os fios, chamados de vibrissas (pêlos sensoriais de orientação), têm a capacidade de auxiliar no tato e também na movimentação do animal, alertando-o sobre eventuais perigos no caminho.

"As vibrissas, que vão desde os bigodes até as sobrancelhas e os pêlos nas pontas das orelhas, funcionam como um importante mecanismo do corpo dos felinos", explica Domenichelli. No escuro, por exemplo, os longos bigodes conseguem perceber os perigos próximos ao gato que ele não enxerga. Estímulos são enviados ao cérebro para produzir os reflexos necessários à proteção.

"O leopardo fecha os olhos quando ataca uma presa para não se ferir caso ela esteja viva. Seus bigodes ficam virados para frente de forma que possa identificar se o animal atacado está vivo ou morto, através do tato", informa. De acordo com o biólogo, o mesmo mecanismo sensorial também existe em outras espécies, entre elas os leões marinhos, as focas e as lontras.

Os gatos geralmente possuem uma dúzia de bigodes, que se localizam em quatro fileiras sobre os lábios superiores, alguns nas bochechas, e outros fios sobre os olhos e o queixo. Os fios mais elevados têm uma movimentação independente, diferente dos inferiores, para a obtenção de medições ainda mais precisas.

Domenichelli avaliou que o posicionamento dos bigodes também indicam o estado de humor do animal, como tranqüilidade e postura defensiva ou agressiva, quando estiverem mais colados à cabeça.

Para o biólogo, diferentemente dos felinos selvagens, os bigodes não fazem tanta falta ao gato doméstico. "O animal de estimação é bem cuidado e pode tranquilamente sobreviver sem os fios, até porque ele cresce rapidamente", completa. Assim como o cabelo dos seres humanos, o bigode do gato cresce, em média, mais de 1 cm por mês.

Algumas raças de gatos criadas pelo homem em laboratórios, a partir de cruzamentos, não possuem pêlos pelos corpo e podem não apresentar os fios sensoriais, como é o caso do Sphynx. Já os tigres são os felinos que possuem os maiores bigodes e também os mais grossos.

Fonte: Terra