terça-feira, 7 de outubro de 2008

Quando um animal de estimação não é o melhor amigo do homem

Hamsters, iguanas, ouriços-caxeiros e tartarugas podem ser sinónimo de perigo quando há crianças em casa... basta por exemplo que estes não lavem as mãos. Os especialistas alertam para o elevado risco de infecções nos mais pequenos.

Se por um lado ter um animal em casa é uma alegria, por outro expor crianças a alguns companheiros de quatro patas menos comuns pode resultar em infecções graves. Quem o diz é um estudo da Academia Americana de Pediatras, que concluiu que as crianças com menos de cinco anos não devem ter contacto com animais exóticos, à partida inofensivos, como é o caso dos hamsters e das tartarugas.

Os investigadores alertam para o perigo inerente a répteis, roedores e macacos, "animais menos tradicionais mas que se estão a tornar cada vez mais comuns" nas famílias norte-americanas. Desde 2002 o número de animais exóticos nos Estados Unidos duplicou, havendo pelo menos quatro milhões e meio de lares com iguanas como animais de estimação.

Para as crianças pequenas o contacto com estes animais pode ser prejudicial, uma vez que o sistema imunitário nessas idades ainda está em desenvolvimento. "Muitos pais claramente não percebem os riscos de infecção que estes animais transportam", afirma o médico Larry Pickering, um dos autores do estudo. "Por vezes basta afagar um animal e a seguir tocar na boca e nos olhos sem lavar as mãos para se ficar doente".

Por exemplo, tanto os ouriços-caxeiros (foto) como os hamsters contém germes que podem causar diarreia forte, febre e dores de estômago. As iguanas também são mencionadas, uma vez que onze por cento das infecções com salmonelas em crianças provêm do contacto com este animal.

Com algumas precauções, como por exemplo lavar as mãos com regularidade, estes bichos podem ser bons companheiros de casa, ressalvam os especialistas. Contudo, deixam o conselho: antes de comprar um animal exótico pergunte a um veterinário os perigos inerentes.

Por Paula Cosme Pinto

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