sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Quenianos colocam pochete em bodes para coibir cruzamento

Instrumento protege animais de se reproduzirem no período de seca.

Camponeses da tribo Maasai, no Quênia, reavivaram um antigo método contraceptivo - chamado de "olor" - para impedir o cruzamento de cabras e bodes e proteger os rebanhos da seca que atinge a região do distrito de Kajiado.

O "olor" é uma espécie de bolsa estilo capanga feita de couro de vaca ou de plástico que fica amarrado ao redor da barriga dos bodes. Ela impede o bode de consumar o ato sexual.

Os camponeses estão usando a bolsa - que impede o cruzamento dos animais - para limitar a população de bodes e cabras e proteger os escassos pastos da região.


A bolsa restringe a reprodução dos animais no período durante e depois das chuvas.
"Não queremos que eles se reproduzam e cresçam nesta seca", disse Ole Ngoshoi Kipameto, dono de rebanhos na região.

Eficiência


A área, que fica a 80 quilômetros da capital, Nairóbi, enfrenta uma forte seca por causa da escassez de chuvas, o que tornou a paisagem árida e forçou os residentes a mudar de lugar para lugar em busca de pasto e água.


A criação de animais é normalmente a única atividade econômica dos integrantes da comunidade Maasai.

"Nós amarramos o olor embaixo da barriga do bode por três meses. Depois disso, removemos o instrumento e os animais podem cruzar até novembro, quando as chuvas aparecem", disse Kipameto.

Peter Ndirangu, da autoridade responsável pelos rebanhos da região, afirmou que o olor é muito eficiente. "No método moderno, nós recomendamos manter os bodes separados das cabras. Mas isso implica em um aumento nos custos e na necessidade de dois pastores - um para os machos e um para as fêmeas", disse.

"O instrumento faz o papel de um pastor", afirmou Ndirangu.


Segundo ele, o olor controla o número de cabeças e o período de nascimento dos animais.
"Se eles nascem em condições ruins, como agora, as cabras vão ficar muito fracas e não irão alimentar seus cabritos de maneira correta", disse.

Aqueles que não usam o olor nos animais estão sujeitos à multa caso um de seus bodes acabe deixando prenhe a cabra de outro criador.

Fonte: G1

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