sexta-feira, 3 de outubro de 2008

SP tem 436 espécies de animais ameaçados de extinção

SÃO PAULO - Apos dez anos, a secretaria estadual de Meio Ambiente atualizou a lista dos animais ameaçados de extinção no estão de São Paulo. São 435 espécies que correm risco de desaparecer em pouco tempo, se nada for feito. O número corresponde a 17% do total de espécies vertebradas existentes no estado. A lista classifica os animais em 'Criticamente em Perigo', com mais chances de desaparecer; seguidas por 'Em Perigo' e 'Vulnerável', que embora apresentam risco não estão em situação crítica.

A lista traz também espécies com dados insuficientes para serem classificadas entre as que estão em risco. São 161 espécies pouco estudadas e conhecidas, que não se sabe a condição delas na fauna paulista.

- Esta lista mostra que devemos melhorar nossas pesquisas sobre estas espécies - disse o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano.

Segundo a lista, em 1998, o mico-leão-preto aparecia entre as espécies "Criticamente em Perigo". Agora, graças aos esforços de conservação, sua avaliação melhorou e ele foi classificado como "Em Perigo". Isto não garante que a espécie esteja salva. A meta é retirar a mesma da lista da fauna ameaçada. Este macaco da espécie Leontopithecus chrysopygus é visto nos municípios de Teodoro Sampaio e Gália.

Para o secretário, a fiscalização é essencial para salvar as espécies ameaçadas.

- Muita gente não sabe que comprar um papagaio, por exemplo, é um crime - diz Graziano.

Além da divulgação da lista, o secretário assinou uma resolução que transfere para o estado de São Paulo a gestão dos recursos da fauna. O licenciamento ambiental de atividades de manejo da fauna, antes atribuição do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) agora passa a ser responsabilidade do governo paulista. Criação de animais em cativeiro também é uma atividade que agora passa a ser autorizada pelo estado. É a primeira vez que um Estado brasileiro assume esse compromisso sobre sua fauna silvestre.

Segundo ele, equipes da Polícia Militar Ambiental, do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais e pesquisadores terão que redobrar o trabalho para garantir que a fauna de São Paulo fique protegida.

Fonte O Globo

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