quinta-feira, 16 de abril de 2009
Cangurus invadem ruas e preocupam australianos
Os cangurus, animais-símbolos da Austrália, deixaram momentaneamente de ser um dos principais atrativos turísticos do país para se tornar sinônimos de desgosto para a população de Camberra. A superpopulação da espécie fez com que os mamíferos se aventurassem pelas ruas da capital australiana, causando acidentes com veículos, invadindo residências pelas janelas e saltando até pelo telhado do Parlamento. As informações são da agência AP.
A população de cangurus-cinza, o mais comum, é a maior já registrada na cidade nos últimos 100 anos. Das 60 espécies de cangurus, as do tipo cinza e vermelha são as mais numerosas, com 50 milhões de exemplares na Austrália.
As autoridades locais propuseram um sacrifício coletivo porque medidas como vasectomias e anticoncepcionais orais não impediram a proliferação demasiada dos animais. O plano, que ainda tem que ser discutido e aprovado, recomenda um canguru por cada 1,5 hectare.
No entanto, a proposta não foi bem recebida pela maioria da população, que é contra o massacre do marsupial mais famoso do país. Segundo uma enquete governamental, mais de 80% dos habitantes acredita que os cangurus selvagens devem continuar onde estão. Por outro lado, 17% dos motoristas disseram ter atropelado um exemplar pelo menos uma vez em uma outra pesquisa.
Recentemente, um canguru com cerca de 1,75m se feriu ao quebrar o vidro de uma janela na tentativa de saltar para dentro de uma residência. O animal caiu sobre a cama onde uma mulher descansava com a filha de 9 anos e depois pulou sobre outra onde dormia o filho de 10 anos.
De acordo com Maxine Cooper, comissário de meio ambiente do governo na capital, os seres humanos não são os únicos a correrem perigo com o avanço dos marsupiais. Os marsupiais destroem o habitat de outras espécies em perigo de extinção, como lagartos e insetos.
Os sacrifícios coletivos de cangurus não são algo novo no país. A 350km ao norte da capital, mais de 25 exemplares são mortos durante as noites com licença do governo. "Não é agradável sacrificá-los, mas quando chega o momento, temos que fazê-lo", explicou o responsável pelos abates, Barry Stuart.
Fonte: Terra
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